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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

De "lixo" energético )O( - Ritual de libertação

Estamos a aproximar-nos da Lua Nova. =)
Esta fase de "diminuição" da Lua do Quarto Minguante até à Lua Nova é o momento ideal para realizar rituais de eliminação (de dor, influências menos boas, doenças, dependências, lixo energético, etc).
Basicamente, é altura para eliminar tudo aquilo de que já não necessitamos na nossa vida. Boas notícias, certo? :)

E como se faz isso?
Primeiro, escolha o dia da semana ideal para o fazer: Quinta-Feira (regido pela energia de Júpiter) é ideal para iniciar esta "eliminação"!

Depois eleja  um momento calmo do dia (ou da noite) e um local onde possa estar sem ser incomodado durante cerca de meia-hora.

Vai necessitar, em seguida, de uma vela branca, de uma folha de papel, de uma caneta e de um incenso (à escolha, deixe que a sua intuição voe).

Comece por se concentrar no momento. Respire fundo três vezes e sintonize-se.
Acenda depois a vela branca e o incenso. Observe como a vela arde e siga por uns momentos o fumo do incenso.

Visualize, depois, a lista das coisas de que se quer libertar e com calma, passe para a folha de papel  tudo o que consta dessa lista.

Quando a lista estiver completa (e não se esqueça de que pode sempre repetir o ritual no próximo Quarto Minguante, por isso não há problema se se esquecer de algum "assunto") rasgue o papel em dois; Repita mais três vezes.

No final, pode queimar a lista rasgada (e libertar as cinzas ao vento), ou pode enterrar a lista num jardim (se viver num espaço que o permita).

Enquanto se desfaz do lixo energético que o tem afligido, repita esta simples oração:

"Peço à Lua, agora em minguante,
para do mal que sofro ser libertado,
O que me prejudicava até agora, peço,
Bem longe de mim se mantenha apartado."

No final, veja diante de si, cada item da lista a desprender-se de si e do seu corpo energético, à medida que o papel rasgado fica mais longe de si.

Caso necessite, pode repetir nas duas noites seguintes, antes de chegar à Lua Nova.


Em dia de Júpiter, à 2ª hora de Júpiter

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Do Alentejo e as suas ervas mágicas # 2 Mentha Pulegium a.k.a. Poejo

 Se havia coisa que eu mais detestava em criança (bom, e hoje também não é coisa que me deixe muito feliz, vá) era estar doente... Aquela sensação de ter os ossos a arder dentro da pele, os olhos a ferver, as orelhas a deitar vapor em todas as direcções, arrepios espalhados alarvemente pelo corpo todo... you get the picture, right?
 Pelas raízes alentejanas que assumidamente  já aqui referi, lá em casa (dos meus pais e avós) havia sempre um remédio santo para estes estados gripais (ou qualquer outro que se lhes assemelhasse): CHÁ DE POEJO!

E no fundo, o que eu detestava era não só estar doente, mas depois o que me curava... É que a mezinha infalível, para mim, era tortura certa... Cada vez que a frase "chá de poejo" soava lá em casa era sinal que o ordálio viria certamente... era só uma questão de tempo...

Porquê ordálio? Pois, gente do meu coração, vejam lá se vos apetecia passar por isto:

Passo 1 - Ir imediatamente para a cama;
Passo 2 - Beber uma litrada de chá de poejo a ferver (literalmente, a ferver), carregado de mel;
Passo 3 - Taparem-se até às orelhas;
Passo 4 - Passar a noite TODA a transpirar, como se estivessem na sauna;
Passo 5 - Acordar de manhã, tomar um g'anda banho e mudar os lençóis da cama (não há como evitar);

Custava, mas não havia melhor remédio!

Hoje em dia, o poejo é o meu melhor amigo! Adoro o cheiro, tenho-o plantado em casa, procuro-o e recolho-o sempre que posso, em suma, é a minha erva "mais" favorita!
Apesar de desconhecida, é uma erva com um potencial imenso.

Sabia que é o único chá que se deve dar a bebés em estados gripais? E que o seu nome científico "mentha pulegium" advém do facto de ser uma erva que afastava as pulgas? Que é uma erva regida por Vénus? É usada desde tempos imemoriais para afastar as más energias? Que é usada plas "bruxas"?

Esta poderosíssima erva, também conhecida por hortelã dos pulmões, menta selvagem ou erva de S. Lourenço é um excelente antiespasmódico, expectorante e digestivo.
Além disso, tem poderes altamente cicatrizantes e antisépticos!

Hoje, aos primeiros arrepios, vou imediatamente ao armário da "feiticeira" e ponho em uso o poejo mágico. E passo a vida a beber chá das suas folhas, tempero as míticas açordas alentejanas com ele... Escusado será dizer que o stock tem de ser renovado quase mensalmente.

Esta é uma das ervas que menos se conhece e que menos valorizada é, apesar das maravilhas e dos poderes dos seus variados usos!

Por mim, cria-se já aqui a B.D.V.P. brigada de defesa e valorização do pejo, olé!

É caso para dizer:  Do you like poejo? Poejo? What's not to like? ;)

Em dia de Vénus, à segunda hora de Marte

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

De Rituais - Lua cheia de Fevereiro )O( - Ritual para aumentar a nossa intuição

Quem acompanha as mutações da Mãe Natureza sente-se mais próximo da Terra, do Universo e, consequentemente, de si mesmo...          

Uma das formas mais simples de se acompanhar essa dança interminável de mutações é, por exemplo, sintonizarmo-nos com as mudanças da Lua, o avançar dos dias, sentindo as energias planetárias e a forma como elas nos afectam no dia-a-dia. Em honra ao aproximar da Lua Cheia de Fevereiro [14 de Fevereiro de 2014, às 21:54:46, o que só por si é brutal, pois temos lua cheia num dia Vénus!!] ( Lua a que podemos chamar Lua do Lobo, Lua da Sorveira, Lua de Neve, consoante as tradições) deixo aqui algumas considerações simples para quem se queira iniciar nestas andanças de se re-ligar consigo mesmo.  :)


Assim, começo por referir que este período lunar é especialmente propício à nossa expressão emocional,  sobretudo ao amor e à sensibilidade. É a altura perfeita para "acertarmos as nossas agulhas" com a nossa intuição e deixarmo-nos de desculpas para aprofundar o nosso lado intuitivo :)

Ora, na noite de Luz Cheia, podemos realizar este pequeno ritual, que é muito simples,  de forma a irmo-nos familiarizando com a poder das forças naturais e com o nosso próprio poder.

Vamos necessitar de: uma vela branca, um prato ou castiçal para colocar a vela, um pedaço de papel para escrever, uma caneta (ou lápis), uma jarra com algumas flores brancas.

Começamos por tomar um banho purificante. Depois, quando conseguirmos estar a sós, procuramos um canto na nossa casa onde possamos estar uns minutos em silêncio. Acendemos a nossa vela e fixamo-la no prato ou no castiçal. Depois, concentramos a nossa atenção no intuito do ritual, neste caso, aumentar a nossa intuição. Após esse momento de concentração, escrevemos esse mesmo desejo na folha de papel. Essa folha de papel deverá então ser dobrada em dois e colocada debaixo da jarra com flores brancas previamente banhada com a luz da lua.
No final, agradecemos à Grande Mãe a sua abundância e deixamos a vela arder até ao fim (cuidado com velas acesas durante a noite, deverão ficar seguras e sem haver perigo de cair). O papel deverá permanecer debaixo da jarra até que comecemos a sentir os efeitos do ritual na nossa vida.
Prontos para começar a trabalhar com a intuição?  ;)

* Dica - Começou agora a trabalhar com radiestesia (pêndulos), tarot, reiki, cristais? Experimente deixar durante a noite de Lua Cheia as suas ferramentas expostas à luz da lua (protegidas de olhares curiosos e alheios), no dia seguinte, deixe-as expostas à luz do Sol (se o S. Pedro cooperar ;)) e utilize-as depois; Vai ver que a luz da Grande Mãe o ajudará a evoluir e a utilizar com sucesso e maior confiança as suas ferramentas :)

Num dia de Mercúrio à primeira hora de Mercúrio



domingo, 2 de fevereiro de 2014

Oh Mãe, o que é o Imbolc?

Regressamos às actividades normais depois de um período de... recolhimento, chamemos-lhe assim :)

Altura perfeita para celebrar o Imbolc :)

E, afinal,  o que é o Imbolc?

Esta data (também associada a Santa Brígida), de origem Gaélica, comemora a entrada no ciclo da Primavera (cujos sinais já podemos começar a reconhecer).
É uma das 4 celebrações mais importantes do sistema gaélico/celta (juntamente com o Beltane, Lughnasadh e o Samhain).
Essencialmente, celebra o fim da "escuridão" dos meses antecedentes e comemora o regresso do Sol que começa a aparecer com mais persistência nas nossas vidas, simbolizando a recuperação da Deusa após o parto da criança solar e a sua transformação em Donzela jovem e cheia de vigor.

Esta Deusa, de seu nome Brigidh ou Bride (pronuncia-se Bríd), era uma Deusa Tríplice, regente da Inspiração (arte, criatividade, poesia e profecia), da cura (ervas, medicina, cura espiritual e fertilidade) e da Metalurgia (ferreiros, ourives e artesãos). Por ser uma Deusa do Fogo, era homenageada com fogueiras, rodas solares, coroas de velas e rituais que despertavam ou ativavam o Fogo Criador.

Vamos dar as boas vindas à época da Fertilidade?

Num dia de Sol à 1ª hora de Saturno

sábado, 23 de novembro de 2013

Os Mistérios de Elêusis




 No Hino homérico a Deméter encontramos as primeiras referências  aos mistérios de Elêusis.

Quais os factos que conduziram à instituição dos Mistérios? Plutão, deus dos infernos, raptou Perséfone, quando ela colhia flores com as ninfas suas companheiras. Sua mãe, Deméter, andou errante pela terra durante nove dias, sem comer em busca da sua filha. Ao décimo dia Hélios, que tudo vê, revelou-lhe o sucedido. Deméter irada afasta-se dos Olímpicos e, disfarçada de velha, chega a Elêusis. Convidada pelas filhas do rei, aceita a sua hospitalidade, e torna-se ama do filho do monarca. 

Mas, uma noite, a rainha surpreende-a no acto de segurar a criança sobre o fogo para o tornar imortal. A deusa, irada, revela a sua identidade e exige que lhe construam um templo. Logo que este se completa, encerra-se nele. Então, os campos deixam de produzir, e Zeus vê-se na obrigação de chamar Perséfone. Mas o marido tinha tido o cuidado de lhe dar a comer um grão de romã, por isso, o regresso não podia ser definitivo. 



Só poderia passar dois terços do ano com a mãe (O Inverno correspondia à estadia de Perséfone no reino de Plutão). Deméter ensina então aos reis de Elêusis a agricultura e os mistérios. A natureza do culto é, portanto, nitidamente agrária. Destina-se a propiciar a fertilidade, nas personas das Deusas Deméter e sua filha Perséfone.

Na Grécia antiga, Deméter era responsável por todas as formas de reprodução da vida, mas principalmente da vida vegetal, o que lhe rendeu o título de “Senhora das Plantas”, “A Verde”, “A que atrai o fruto” e “A que atrai as estações”. As pessoas a honravam ao usar guirlandas de flores enquanto marchavam pelas ruas, geralmente descalças. Acreditava-se que pisar na terra descalço aumentava a comunicação entre os humanos e a Deusa.

O propósito e o significado dos Mistérios eram a iniciação a uma visão. “Eleusis”, significa “o lugar da feliz chegada”, de onde os campos Elíseos tomam seu nome. O termo “Mistérios” provém da palavra “muein”, que significa “fechar” tanto os olhos como a boca. Faz referência ao segredo que rodeia as cerimónias e a conformidade requerida do iniciado, ou seja, se exige de ele ou ela permita que se faça algo: daí se deduz o significado de “iniciar”. A culminação da cerimónia consistia na exposição de objectos sagrados no santuário interno às mãos do sumo sacerdote ou hierofante (hiera phainon), “o que faz que os objectos sagrados apareçam”. 

Num dia de Saturno à segunda hora de Marte

domingo, 17 de novembro de 2013

Oh mãe, o que é uma viagem Xamânica?

Pode dizer-se tudo e nada sobre o Xamanismo.

Se deixasse um post simplesmente em branco, alguns achariam que eu estava louca, outros entenderiam na perfeição...

Mas se um blog é feito de palavras, e se eu delas tenho andado um pouco arredada, hoje, noite de Lua Cheia, Noite da Lua do Castor (ou do porco, consoante as interpretações), depois de ter facilitado uma viagem Xamânica muito recentemente, é altura de falar sobre o assunto de forma séria, mas simples.

[Não esquecendo que nas noites de Lua cheia - o que acontece uma vez por mês - a Lua reflecte sobre a Terra, toda a luz que recebe do Sol, numa generosa e potente oferenda como não existe em mais nenhum momento do ano... por isso a inspiração, as emoções podem andar ao rubro ;)]


 Em todo o meu discurso o que posso apenas apresentar é o resultado da minha prática, das minhas pesquisas, das minhas experiências; No fundo, do que posso falar é, simplesmente, da minha opinião;
Contudo, como a opinião dos outros nunca me chegou, encorajo sempre quem procura respostas a ler, experimentar e nunca por nunca a aceitar como "doutrina" seja que opinião for, até ter a sua própria formada.
Há muitos estudiosos sobre o assunto. Mircea Eliade, é um nome incontornável; Michael Harner, Carlos Castañeda, Sandra Ingerman, Gilberto Lascariz, etc etc etc.

O Xamanismo é tão antigo como o Homem. Existem traços dele em todas as  escolas de auto-conhecimento, religiosas, exotéricas, esotéricas...; O Xamanismo existe no yoga, existe na oração, na meditação, existe do dikr, na viagem e na projecção astral, na música, nas imagens, nos cheiros, em todos nós... Tudo é Xamanismo.

Se aceitarmos que o Xamanismo é a entrada em osmose com o Universo, com o coração telúrico e celeste (o da terra e o nosso, porque o que está em cima é igual ao que está em baixo), podemos aceitar que qualquer que seja a Via para entrar num estado alterado de consciência é uma via Xamânica. Qualquer viagem que façamos que nos transporte para uma realidade paralela é uma viagem Xamânica.

A que eu previlegio neste campo, sendo menos abstracta, é, claro, o Xamanismo essencial, onde simplesmente pelo som circular da percussão conseguimos conectarmo-nos com outras realidades, com os espíritos do Universo e (re)conectarmo-nos connosco próprios. Assim se mantenham puras as intenções de praticar o Bem Maior!

Mas reconheço os traços e o fim em todas as outras correntes...
Sim, já sei, os puristas dirão que há regras, preceitos, tradições, especificidades...
Aos puristas, respondo só que vários são os trilhos para o mesmo Caminho...

Aos outros, digo que experimentem (re)ligar-se e tirem as suas próprias conclusões ;)

Num dia de Sol, à última hora de sol

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Dia (noite) de Samhain - Strange things can happen!!!! ))O((

O Samhain (pronuncia-se "sou-en"), também chamado de Halloween, Hallowmas, Véspera de Todos os Sagrados, Véspera de Todos os Santos, Festival dos Mortos e Terceiro Festival da Colheita.
Samhain celebra o final do Verão, governado pela Deusa. (O nome Samhain significa "Final do Verão".)
Samhain é também o antigo Ano Novo celta / druida, o início da estação da cidra, um rito solene e o festival dos mortos.

É o momento em que os espíritos dos seres amados e dos amigos já falecidos devem ser honrados. Houve uma época na história em que muitos acreditavam que era a noite em que os mortos retornavam para passear entre os vivos. A noite de Samhain é o momento ideal para fazer contato e receber mensagens do mundo dos espíritos.

A versão cristã do Samhain é o Dia de Todos os Santos (1º de Novembro), que foi introduzido pelo Papa Bonifácio IV, no século VII, para substituir o festival pagão.
O Dia dos Mortos (que cai a 2 de novembro) é outra adaptação cristã ao antigo Festival dos Mortos. É observado pela Igreja Católica Romana como um dia sagrado de preces pelas almas do purgatório.

Não me venham, portanto, dizer (como já disseram) que o dia de Todos-os-Santos não tem nada a ver com o Samhain que eu MORDO!!

Num dia de Júpiter à 1ª Hora de Mercúrio

terça-feira, 29 de outubro de 2013

I can feel it, can you feel it?

2013 tem sido um ano ... intenso (para ser meiguinha).
E esta semana... O.o ...
Digamos só o seguinte: Lua Nova e eclipse solar em escorpião; Saturno em Escorpião com conjunção à Lua; Plutão em quadratura com Urano; e o sacana do Mercúrio só entra nos eixos em Novembro...

Dentro e fora a sensação é mais ou menos esta -->

Can you feel it?!

Num dia de Marte à última hora de Vénus

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2013 has been ... an intense year (just trying to be gentle).

And this week ... O.o ... OMG...

Let us just say this: New Moon and Solar Eclipse in Scorpio, Saturn in Scorpio conjunction with the Moon, Pluto square Uranus, and the bastard Mercury will only be "right" in November ...

Inside and outside it feels something like fireworks.

Can you feel it?!  
On a Mars day at the last hour of Venus 

sábado, 19 de outubro de 2013

A oração mais poderosa de todas :: The most powerful prayer ever

Sabemos que a Lua cheia é a altura ideal para desenvolver rituais de invocação e oração, assim como visualização espiritual.
Mas atenção!

 O poder da Lua cheia (e da Lua nova) é tal que temos de ter MUITO cuidado com o que pedimos e com o que visualizamos [devemos aliás, ter sempre muito cuidado SEMPRE, mas nestas fases ainda mais]. Esta é a fase Lunar regida pelo ar dos sábios.

Poderia falar de ritos, de rituais, de invocações e tudo o mais, porém, porque tenho sentido que é esta a questão que mais nos debilita, deixo apenas uma breve oração.

A mais eficaz de todas, a que resolve todos os nossos problemas e angústias e de tão simples que parece ser, é tão menos fácil de fazer...

Sugestão:
Olhe-se ao espelho. Olhe-se nos olhos (não, não vale olhar para a maquilhagem, para o cabelo e para a roupa! É para OLHAR NOS OLHOS), e repita vezes sem conta : "EU AMO-TE", com convicção, com AMOR e muita paciência.

A oração mais poderosa de todas não é a que tem mais palavras. É a que nos custa mais a dizer.

Aproveitemos esta Lua belíssima e consagremo-nos a nós próprios, amemo-nos para que o mundo seja um lugar melhor.
Experimente e depois diga-me como se sentiu!

Num dia de Saturno à 3ª hora de Júpiter

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We know that the full moon is the perfect time to develop rituals of invocation and prayers.But be careful! 

The power of the full moon is such that you have to be VERY careful what you ask.
I could write about rites, rituals, invocations and everything else, but because I sense that this is the question that most weakens us, I will just leave a brief prayer.The most effective of all, the one that solves all our problems and anxieties.Look yourself in the mirror. Look at your eyes and repeat over and over : " I LOVE YOU " , with conviction, with a lot of LOVE and patience.The most powerful prayer of all is not the one that has more words. It is the one that it harder to say.


Seize this beautiful moon and consecrate yourself to love, so that the world could be a better place.

Try it, and then tell me how you felt !


On a Saturn day, at the 3rd hour of Jupiter

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Vinternatsblót e o Ritual de Chegada do Inverno :: Vinternatsblót and the Ritual of Welcoming Winter

Também conhecido por Haustblót, este ritual da velha Europa do Norte, associado ao dia 14 de Outubro celebra o início das noites mais frescas, o arrefecer do sol, e, na sua Tradição original, indica que tudo aquilo que foi produzido no Verão foi já recolhido e armazenado de modo a assegurar a sobrevivência na escuridão do Inverno - época que oferecia somente a caça como sustento.

Um blót  é uma refeição sagrada, partilhada com os Deuses, e no calendário antigo este simboliza a despedida das colheitas durante o período gélido e estéril - por essa razão, estes povos veneravam os animais considerados sacrificais fortalecidos pelas pastagens nos cumes dos montes durante o Verão. A Ynglinga Saga relata que à chegada do Inverno se deve proceder a oferendas de sangue para amansar a severidade do frio, daí que seja o mês sangrento, consagrado a Thor.

Sendo o patrono da agricultura e criador das águas fecundantes por via das trovoadas revitalizantes, Thor seria o agente pacificador dos humores do Inverno. Com o seu martelo sacrificial, Mjolnir, símbolo de morte e ressurreição, governava as forças do trovão, do relâmpago, do vento, da chiva, e dominava sobre a luz do sol e fazia irromper as plantações.

Este banquete seria constituído por vegetais, tubérculos, leguminosas, pão, e claro, carne!

Como hoje é dia 14 de Outubro, Feliz Vinternatsblót!!!


Num dia de Lua à segunda hora de Mercúrio
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Also known as Haustblót, this old ritual of Northern Europe, associated with October the 14th, celebrates the beginning of the cold nights, the gonlding sun, and in its original Tradition indicates that what was produced in the Summer was already collected and stored to ensure survival in the darkness of winter - times when hunting was the only way to survive through winter.

 
A blót is a sacred meal, shared with the Gods, and in the ancient calendar it symbolizes the farewell of crops during the cold and sterile winter - for this reason, these people worshiped the sacrificial animals considered strong by pastures in the tops of the mountains during summer. Ynglinga the Saga reports that the arrival of winter should make blood offerings to appease the severity of the cold ,  sacred to Thor .Being the patron of agriculture and creator of the fertilizing waters of thunderstorms through revitalizing, Thor would be the  peacemaker of the harsh Winter Moods. With its hammer, Mjolnir , symbol of death and resurrection , he ruled the forces of thunder, lightning , wind, and ruled over the sunshine.
This feast would consist of vegetables , tubers , legumes , bread, and of course , meat !

As today is the 14th of October, Happy Vinternatsblót ! !

On a day of the Moon, at the second hour of Mercury

sábado, 12 de outubro de 2013

A que cheira o armário do Aprendiz de Feiticeiro? :: What's the smell of the Sorcerer's Apprentice's cabinet?

Tenho levado anos a separar, colher, preparar, comprar (pois sim, que na natureza há de tudo, mas algumas coisas têm de ser compradas), armazenar as mais variadas matérias primas para fabricar os meus incensos, chás, pós, tinturas, elixires, etc etc...

Quem abre um armário ou uma gaveta de um Aprendiz da Arte fica inebriado com os cheiros misturados que de repente se soltam...

Quando o meu se abre, solta-se o cheio de cânfora, misturada com o rosmaninho e o sândalo; a erva-príncipe em sintonia com as rosas e a mandrágora; o benjoim com a cidreira; o mel com a cera e os óleos mais variados...



Tudo misturado é uma confusão, mas de cada vez que aquela porta se abre e começo a preparar algo confesso que cá no fundo me apetece pôr o chapéu e dançar como ele :D


Num dia de Saturno, à última hora de Júpiter

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I have taken years to separate, collect, prepare, buy (yes, 'cause,  nature is abundant, but some things do have to be purchased), and to store the most varied raw materials to fabricate my own incenses, teas, powders, tinctures, elixirs , etc...

Who opens a cabinet or a drawer of an Apprentice of the Art gets crazy with the explosion of aromas that suddenly come loose ...

When mine is open, it releases the intense smell  of camphor, mixed with rosemary and sandalwood, the lemongrass in tune with roses and mandrake; benzoin with lemon, honey and wax  ... All mixed together is kind of a symphony, and every time the door opens and I start to prepare something, I confess, I feel like wearing the Sorcere's hat and dance like him: D


On a day of Saturn, at the last hour of Jupiter

domingo, 6 de maio de 2012

A Maxi Lua Cheia de Maio

Tem-se sentido nervoso, nestes dias? Parece que ninguém o atura? Não tem paciência para si nem para a sua família? Tem tido sonhos estranhos (vale tudo, até sonhar com OVNI's)? Anda cansado (e até irritado) no seu local de trabalho? Parece que tem um nó na cabeça?

Pois, é normal...

Maio é o mês da Explosão, do Fogo, do Sol e do Amor.
Dissémo-lo já aqui.
Contudo, a chegada do mês de Maio não nos trouxe só essa especial energia de impulso e renovação. Ele oferece-nos, também, a maior lua cheia de 2012!

Não está contente? Essa irritablidade e eventualmente maior sensibilidade têm uma razão de ser... a lua cheia chegou! :)

Ao que consta, o ponto máximo de aproximação desta lua ao nosso planeta aconteceu às 05 da madrugada de hoje.

Ora, a lua cheia é um momento ideal para dar início a novos ciclos na sua vida, para fazer limpezas emocionais e energéticas em si e na sua casa. Ainda para mais esta lua entrou em Escorpião, o que significa que é um momento ideal para intensificar todo o tipo de trabalho de auto-conhecimento que eventualmente já tenha começado e (entre outras) desbloquear eventuais questões de aceitação do seu corpo e da sua sexualidade.

A Lua cheia é um bom momento para se energizar tomando um banho de limpeza (com sal grosso de preferência), para aprofundar os seus estudos,  para limpar e energizar os cristais que tenha lá por casa, para limpar o(s) seu(s) baralho(s) de tarot (pasmem-se!), para intensificar as suas práticas meditativas e "afinar-se" com o Universo (através da expansão da sua intuição).

"Antenem-se" na frequência e não se assustem se até uivarem nos vossos sonhos... É simplesmente a Lua Cheia ;)

Num dia de Sol, à 3ª hora da Lua

quinta-feira, 3 de maio de 2012

De Pentagramas

Há muito pouco tempo relembrei-me de que, quando era pequena pequena, aí com os meus 3, 4 anos, trazia ao peito um amuleto de protecção sem saber, no entanto, o seu significado.

Como "lembrança" do meu nascimento, os meus avós ter-me-ão comprado um conjunto de símbolos em ouro para pôr num fio. Esse quick protection quit, constituído por uma figa, um corno e um pentagrama era usado por mim como qualquer coisa que abanava e fazia plim plim... nada mais.

O facto de ter usado durante a meninice esse pentagrama (que ainda existe) ao peito, na altura não me disse nada de particular. Hoje, agradeço e percebo que, mesmo inconscientemente, lhe dei muito uso. Ele cumpriu portanto, apesar da minha ignorância na altura (e possivelmente da de quem mo ofereceu e da de quem mo colocou ao pescoço)  o seu propósito.

Só mais tarde o significado do Pentagrama me interessou. MUITO mais tarde.
Claro que não existe A CERTEZA de onde tenha vindo o Pentagrama, se veio de Oriente, se de Ocidente, da Babilónia ou da Mesopotâmia. Nem interessa.
O pentagrama (ou pentalpha) associa-se às mais variadas tradições místicas/esotéricas: Rosacruz, Maçonaria, Teosofia, Gnose, Paganismo, Cabala, Wicca... and so on.

Há muito pouco tempo até o descobri numa pedra (em princípio tumular) "acidentalmente" encontrada num quintal na zona de Alenquer. Ao que parece ainda nos tempos medievais, e antes de ser conotado com práticas "do demo", o pentagrama encabeçava os túmulos dos que partiam para lhes dar protecção. Esta pedra em particular de que vos falo, não só tem o pentagrama de um lado, como, pasmem-se, tem do outro lado uma cruz templária... Bastante interessante, não? Mais interessante ainda se pensarmos que em princípio datará da época medieval, pouco tempo antes de os templários e todas as práticas pagãs terem sido, de forma tão "elegante" erradicadas do nosso território...

Por mim, venha de onde vier o pentagrama, é um símbolo com o qual me identifico. Acredito que tenha sido um símbolo inspirado (como aliás acredito que o sejam as mandalas) em formas da natureza e que tem um carácter bastante forte de protecção.

Sabia que se desenhar o pentagrama em si mesmo, de forma a "cobrir-se" com ele estará a proteger-se de forma altamente eficaz? Aliás, sabia que esta é uma das formas mais potente de protecção individual? Ah pois é!


Eu confesso que sempre gostei de estrelas (tenham elas cinco, seis, mais ou menos pontas). Quando olho para elas sinto que o Universo olha por mim e que estou acompanhada. À noite, especialmente quando estou fora de Lisboa, em silêncio, sem luzes artificias e longe da influência humana, gosto de olhar para o céu e ter a sensação de ser aconchegada por toda aquela escuridão. Gosto da sensação de me fundir nela...

Talvez por isso e apesar de não ter um pentagrama propriamente dito em casa (daqueles, como manda o figurino - note to myself : Tenho de encontrar um), a verdade é que no centro do meu altar, onde faço as minhas meditações, costumo ter uma estrela do mar, lindíssima que já não sei como é que ali apareceu. A verdade é que apareceu e é mesmo uma estrela de cinco pontas (para mim, um pentagrama, portanto) que, rodeada de cristais, cria uma mandala de meditação muito forte e, a meu ver, lindíssima.


Boas meditações pentagrâmicas!


À 2ª hora de Saturno, num dia de Júpiter

terça-feira, 1 de maio de 2012

O Alentejo, as Maias, Beltane e Walpurgia...

Tive a sorte de ter crescido, repartida, entre o Alentejo e a Cidade.

Habitava perto de Lisboa, onde fazia a minha vida escolar, essencialmente, e, nas férias, aos fins-de-semana, ou seja quando estava "livre", rumava aos doces campos do Alto Alentejo que davam outro sentido à minha vida.

A alegria de chegar, depois de uma viagem longa, de várias horas e avistar aqueles campos enormes, de veludo verde intenso, pontilhados de roxo, amarelo e vermelho faziam o meu dia! Sonhava frequentemente que rebolava por esses campos imensos, enrodilhada nos seus cheiros e sons tão característicos... e era tão bom!

O Alentejo não me deu só essa sensação de pertença de que na cidade nunca usufruí... O Alentejo deu-me, em conjunto com os meus avós, com a família que me esperava sempre que lá chegava, um sentido de Natureza, de Campo, de Tradição que em mais lado nenhum encontrei.

Uma das coisas que ali começaram a fazer parte da minha vida e que mais me marcaram foram as Tradições. As procissões (e a cera das velas derretida na roupa e nos dedos), os cânticos (e a garganta rouca de os cantar ao desafio), o "pão por Deus" (e os olhares enfadados de quem tinha de nos aturar), as Janeiras (e o frio nos joelhos), as bolachas (e os rebuçados... ah os rebuçados do Dr. Bayard), as moedinhas (e os bolsos rotos por onde elas escorregavam), as matracas (e os pesadelos que o seu som nos provocava), o madeiro (e o cabelo a cheirar a fogueira), as flores (e os ramos que fazíamos com elas), o folar (e o ovo que o acompanhava), as fogueiras (e as solas de borracha dos sapatos queimadas), as missas do galo (e a excitação das prendas), as espigas ( misturadas com as papoilas... ah as papoilas)... Uma das tradições que ficou foi a das Maias...

Na altura... era festa, era festa, não havia cá: "Ah, as Maias, porquê?", ou "E de onde é que vêm estas ideias e estas tradições?"... O pessoal vestia-se de branco, capelas de giestas na cabeça, giestas espalhadas pelas portas e pelas janelas, vá de cantar em roda e de pés descalços na terra, com sorte havia a dança das fitas e o famoso mastro, gargalhadas, canções, piquenique e está feito!



Passados mais de 20 anos, vem-me à lembrança (hoje, dia 1 de Maio), que eu celebrei tantas vezes tantas coisas sem saber o que eram.... Hoje sei que esta tradição (como tantas outras) é Pagã, e que remete para as celebrações de início da Primavera, de fertilidade (os Pagãos e fertilidade :) ), do início de um novo ciclo agrícola.

Maio grita VIDA, ALEGRIA, FLORES, PRIMAVERA, FESTA, ABUNDÂNCIA... e claro FERTILIDADE.

Ora, como na vida nada é por acaso, descobrir que quer a festa de Beltane quer Walpurgia se comemoram na noite de 30 de Abril para um de Maio... não espanta nada, certo?

Beltane, ou Beltaine era um festival gaélico de raiz, portanto, céltica que marcava o final do lento e denso Inverno e o início da estação do vibrante Sol. Tais tradições, espalhadas pela Europa, tinham reflexo, entre outras, por exemplo no Germânico (Nórdico) Walpurgia e nas nossas Maias.
Estas celebrações, na sua raiz, pretendem marcar a transição de um estação fria e de introversão para a estação da abertura e da alegria e do Amor. Normalmente todos os festejos ritualizados (ou não) destas comemorações implicavam festas, fogueiras, cultos de feminidade e virilidade, poder sexual, cânticos, uniões, bênçãos, pedidos de fertilidade...

Estes Festivais, como outra coisa não seria de esperar, foram sendo banidos pelos poderes instituídos (quer pela Igreja quer pelo próprio Estado); Em Portugal, houve uma carta régia em 1402 que proibia que se cantassem as Maias (ou as Janeiras, fiquem sabendo), e outras cousas contra a Lei de Deus... Evidente, mas apesar disso, versões mais soft destes festejos foram ficando até aos nossos dias.

Hoje, com os fenómenos Wicca, Neo-Pagãos (essencialmente) revitaliza-se e re-enquadra-se esta tradição. Acendem-se fogueiras, ritualizam-se pedidos de abundância, protecção e Amor, espalham-se as flores de giesta pelas casas, limpam-se os espaços, dança-se em círculos sagrados. Celebra-se, enfim, o sol e a sua entrada definitiva nos nossos dias durante os próximos meses.

Sejas, pois, bem-vindo mês de Maio com todos os teus cheiros, gargalhadas, abundância, tardes doces e noites amenas.
Grata pelo teu retorno, uma vez mais.
Que derrames sobre nós o teu riso farto e eterna boa disposição.
Limpa e abençoa as nossas casa com o teu toque dourado da prosperidade.
Bem-hajas!

À 4ª hora de Marte de um dia de Marte (eh, eh)
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