sexta-feira, 25 de maio de 2012

Rumi



"You suppose you are the trouble
But you are the cure
You suppose that you are the lock on the door
But you are the key that opens it
It's too bad that you want to be someone else
You don't see your own face, your own beauty
Yet, no face is more beautiful than yours.".

Num dia de Vénus à 1ª hora de Vénus

quinta-feira, 24 de maio de 2012

De Santa Maria Madalena

Dela muitas coisas se disseram e muitas outras tantas se continuam a dizer...

Diz-se que terá nascido em Mágdala, na Galileia...

Que teria sido uma jovem de famílias ricas e que teria caído nos vícios fáceis da luxúria e do prazer mundano...

Que dela, Cristo expulsou sete demónios...

Que foi A discípula do Profeta...

Que d'Ele teve um filho...

Que foi a primeira a testemunhar a Sua ressureição...

Que escreveu um evangelho...

Que morreu em Éfeso... ou em França...

Que foi puta...

Que era uma santa...

Se há verdade ou não em alguma destas afirmações, não sei; Se há verdade ou não em alguma destas ideias, sinceramente, nem me interessa...

Sei que o nome dela, na minha cabeça, aparece ligado a uma frase de Carl Gustav Jung que diz que:

“Quem não enfrenta o inferno de suas paixões, tampouco as supera. Qualquer árvore que queira tocar os céus precisa ter raízes tão profundas a ponto de tocar os infernos”.


Nunca deixemos de acreditar na bondade do nosso coração, na bondade do coração da Humanidade e no nosso eterno e imenso potencial. Aceitemos as experiências dos nossos "infernos privados" para que possamos, livres e maduros, ascender aos céus...

Num dia de Júpiter, à 3ª hora de Júpiter

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A história de um ney

Provavelmente é um dos instrumentos de sopro mais antigos que existem. Dizem que é tocado há cerca de 4.500 anos e que provém da região oriental do nosso planeta, algures das zonas que hoje conhecemos como o actual Egipto, Irão e Turquia.


Sei que o seu som, a mim, me transporta para as mais mornas areias do deserto, local eterno de paz e reencontro, para o tempo dos tapetes voadores, das lanternas mágicas e dos dervixes rodopiantes... Sei que o seu som, a mim, me faz chorar.


Ouvi (ou disseram-me) que o iniciado que toca ney quando consegue extrair som desse instrumento mágico é sinal que está alinhado com o seu Eu superior, com Atma, com Deus...
No fundo, quando se consegue tocar um ney, tal é sinal de que a nossa alma se encontra em alinhamento com o Universo.


Eu sempre tive uma paixão por neys, pelo deserto e pela Turquia. E ultimamente andava com uma vontade enorme de comprar uma flauta de madeira para tocar...
Curiosamente, o Universo ter-me-á achado merecedora de receber um ney Turco e ofertou-mo pelas mãos de uma querida amiga...


E agora percebo porque se diz que tocar um ney é sinal de alinhamento com o Universo... É um instrumento muito pouco fácil de tocar...

Mas estou profundamente Grata pelo ney, pela Amizade, pelo desconhecido italiano que foi para a Turquia viver e aprender a fabricar Neys e ao Universo que me continua a ensinar que tudo é possível!

Num dia de Mercúrio à 2ª hora de Marte

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Grata aos Mestres que a vida nos traz

Quando o Universo, sabiamente, nos cruza com as pessoas podem mudar a nossa Vida, a maior parte das vezes, não estamos nem atentos, nem preparados para os ensinamentos que elas têm para nos oferecer.

Esses arautos da nossa evolução vêm vestidos de anjos ou mendigos, uns falam a nossa língua outros não; uns são esguios, outros compactos; uns ignorados, outros brilhantes; uns populares e até célebres, outros vivem como eremitas afundados em bibliotecas de conhecimento e de pó.
São pessoas doces com olhares cristalinos, outros, pessoas menos doces, mas incisivas, pessoas duras que viram amorosas, pessoas amorosas que amargam... Todos os dias elas nos são postas no Caminho e todas, sem excepção, trazem algo que nos ajuda a crescer e a evoluir.


Muitas, esquecemos (ficam para trás, junto com as primeiras cartas de amor que nos foram escritas escondidas algures dentro de uma caixa de sapatos num sótão entregue às aranhas e suas teias), outros, permanecem. Permanecem porque nos marcaram. Deixaram os seus nomes, as suas palavras, o olhar ... Permanecem porque deixaram a sua presença gravada em carne viva nos registos da nossa memória (tão (estúpida?)/sabiamente selectiva).

Pode parecer um cliché, não deixa de o ser. Mas não é por ser um cliché que o seu sentido é menos verdadeiro.


Aos 17 anos, entrou na minha vida uma Criatura de olhar doce e amoroso, voz de mel e corpo franzino que parecia um Anjinho caído do Céu, muito delicado, mas com muita sabedoria e um Amor tão grande dentro dela que a mim, me ardia o coração de a ouvir falar.

Ensinou-me coisas tão importantes como "o que era respirar" e foi com ela que fiz as minhas primeiras meditações. Saia das aulas dela parecendo que não andava... Levitava...
Essa minha primeira professora de yoga marcou-me profundamente. Na altura, contudo, eu era demasiado tímida para lhe perguntar o que era aquilo, porque é que fazer aqueles exercícios me fazia tão bem... e acima de tudo, de onde vinha aquele amor tão grande que ela trazia no peito... e porque usava ela tantas vezes a palavra "aceitação". Eu, na altura, limitava-me a fazer as aulas e sair, de olhos postos no chão, com vergonha de lhe fazer perguntas e de lhe dizer que gostava muito dela.

O tempo e todo aquele rol interminável de "coisas" que acontecem nas nossas vidas, encarregaram-se de fazer com que eu perdesse o rasto a essa Criatura maravilhosa. Muitos anos se passaram, depois disso. Outros professores, outras técnicas, uma vida C-H-E-I-A de coisas,  mas a mesma ânsia e a mesma sede... e aquela Criatura nunca se despegou da minha memória.

Se a magnífica roda da Vida se encarregou de nos separar é também a ela que devo o nosso reencontro... Passados 15 anos voltei a deixar os sapatos à porta da sala e entrei de pés nus naquela aula com a convicção absoluta de que algo de mágico se iria passar e que, de certo modo, iria "regressar" a casa.

Não levitei, mas quase. No final, consegui fazer aquilo que nunca tinha feito quando era miúda... Dei-lhe um abraço, um beijo e contei-lhe que, através dela, através da semente que ela tinha deixado em mim, com a sua calma, a sua doçura e o seu Amor, a minha busca no yoga nunca parou.
Mesmo nos momentos em que o meu corpo rejeitou ser instrumento da minha evolução.

Nestas alturas (sabendo eu que deveria ser SEMPRE) o meu sentimento de Gratidão por essa energia tão maravilhosa, que tudo Une e Separa, é Maior e eu ajoelho-me, insignificante, em reverência e entrego-me a esse processo a que tantas vezes resisto, e que se chama Vida.

Num dia de Mercúrio à 3ª hora de Mercúrio

domingo, 6 de maio de 2012

A Maxi Lua Cheia de Maio

Tem-se sentido nervoso, nestes dias? Parece que ninguém o atura? Não tem paciência para si nem para a sua família? Tem tido sonhos estranhos (vale tudo, até sonhar com OVNI's)? Anda cansado (e até irritado) no seu local de trabalho? Parece que tem um nó na cabeça?

Pois, é normal...

Maio é o mês da Explosão, do Fogo, do Sol e do Amor.
Dissémo-lo já aqui.
Contudo, a chegada do mês de Maio não nos trouxe só essa especial energia de impulso e renovação. Ele oferece-nos, também, a maior lua cheia de 2012!

Não está contente? Essa irritablidade e eventualmente maior sensibilidade têm uma razão de ser... a lua cheia chegou! :)

Ao que consta, o ponto máximo de aproximação desta lua ao nosso planeta aconteceu às 05 da madrugada de hoje.

Ora, a lua cheia é um momento ideal para dar início a novos ciclos na sua vida, para fazer limpezas emocionais e energéticas em si e na sua casa. Ainda para mais esta lua entrou em Escorpião, o que significa que é um momento ideal para intensificar todo o tipo de trabalho de auto-conhecimento que eventualmente já tenha começado e (entre outras) desbloquear eventuais questões de aceitação do seu corpo e da sua sexualidade.

A Lua cheia é um bom momento para se energizar tomando um banho de limpeza (com sal grosso de preferência), para aprofundar os seus estudos,  para limpar e energizar os cristais que tenha lá por casa, para limpar o(s) seu(s) baralho(s) de tarot (pasmem-se!), para intensificar as suas práticas meditativas e "afinar-se" com o Universo (através da expansão da sua intuição).

"Antenem-se" na frequência e não se assustem se até uivarem nos vossos sonhos... É simplesmente a Lua Cheia ;)

Num dia de Sol, à 3ª hora da Lua

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O eterno "spirare" e o encontro com Deus

Não sei ao certo quando é que entrei em contacto com os ensinamentos dos sufis. Não sei se foi através de livros, através de Rumi se pela música... sei que quando começaram a fazer parte de mim foi como se completassem um espaço que já era deles...

Após uns anos de estudos, consegui ir à Turquia e aí... tudo re-começou.
Os cheiros, os sorrisos, as ruas estreitas, as sardinheiras plantadas em latas, os caminhos sinuosos, a amplitude e beleza das mesquitas, Jesus Cristo, a montanha de algodão, os dervixes, a zona dos belos cavalos, as pedras antigas e valiosas, Rumi, o chá de menta, as paisagens ora lunares ora verdejantes, os abraços, a Virgem Maria, tudo cheirava e sabia a familiar...


Foi nessa altura que compreendi o significado de sema (cerimónia de devoção) de que faz parte uma meditação muito especial e particularmente forte. Trata-se de uma meditação física e dinâmica praticada pela ordem dos Dervixes Rodopiantes, criada por Mevlâna Jalâluddîn Rumi (Turquia, séc. XIII).                                                                                 A figura central desta cerimónia é o Dervixe. Este, vestido de branco (eterno símbolo de pureza) rodopia (spira) sobre si próprio de forma ininterrupta, ao som de música especificamente adequado ao momento. A sua mão esquerda está virada para baixo, em direcção ao chão, a sua mão direita liga-se ao universo, e é assim, pela movimentação repetida do que podemos chamar um mudra corporal, que os Dervixes atingem o seu estado de união com o divino. Esta ascese, chamemos-lhe assim, é alcançada não só pelas técnicas que aprendem e apuram ao longo dos anos, mas essencialmente através do despojamento do ego (daí o manto branco), de desejos e projecções pessoais.

 A "espiral" de energia que criam com este movimento, através de técnicas de concentração e de respiração (respira) específicas, e que no fundo recria o círculo orbital dos planetas do universo, permite-lhes, então, contactar de uma forma intensa com o Absoluto.

E vocês, como é que contactam com o vosso Divino? Respiram? Giram? Fica a Pergunta.

Deixo-vos um poema de Rumi sobre a sema.

"O que quer que exista, só existe no giro;
quando danças, ele sustenta teus pés.
Vem, que este giro te pertence
e tu pertences ao giro.
O que faço quando vem o amor
e se agarra ao meu pescoço?
Seguro-o, aperto-o contra o peito
e arrasto-o para o giro!
E quando as asas das mariposas
abrem-se ao brilho do sol
todos caem na dança, na dança
e jamais se cansam do giro!"

 Num dia de Vénus, à 3ª hora de Mercúrio

quinta-feira, 3 de maio de 2012

De Pentagramas

Há muito pouco tempo relembrei-me de que, quando era pequena pequena, aí com os meus 3, 4 anos, trazia ao peito um amuleto de protecção sem saber, no entanto, o seu significado.

Como "lembrança" do meu nascimento, os meus avós ter-me-ão comprado um conjunto de símbolos em ouro para pôr num fio. Esse quick protection quit, constituído por uma figa, um corno e um pentagrama era usado por mim como qualquer coisa que abanava e fazia plim plim... nada mais.

O facto de ter usado durante a meninice esse pentagrama (que ainda existe) ao peito, na altura não me disse nada de particular. Hoje, agradeço e percebo que, mesmo inconscientemente, lhe dei muito uso. Ele cumpriu portanto, apesar da minha ignorância na altura (e possivelmente da de quem mo ofereceu e da de quem mo colocou ao pescoço)  o seu propósito.

Só mais tarde o significado do Pentagrama me interessou. MUITO mais tarde.
Claro que não existe A CERTEZA de onde tenha vindo o Pentagrama, se veio de Oriente, se de Ocidente, da Babilónia ou da Mesopotâmia. Nem interessa.
O pentagrama (ou pentalpha) associa-se às mais variadas tradições místicas/esotéricas: Rosacruz, Maçonaria, Teosofia, Gnose, Paganismo, Cabala, Wicca... and so on.

Há muito pouco tempo até o descobri numa pedra (em princípio tumular) "acidentalmente" encontrada num quintal na zona de Alenquer. Ao que parece ainda nos tempos medievais, e antes de ser conotado com práticas "do demo", o pentagrama encabeçava os túmulos dos que partiam para lhes dar protecção. Esta pedra em particular de que vos falo, não só tem o pentagrama de um lado, como, pasmem-se, tem do outro lado uma cruz templária... Bastante interessante, não? Mais interessante ainda se pensarmos que em princípio datará da época medieval, pouco tempo antes de os templários e todas as práticas pagãs terem sido, de forma tão "elegante" erradicadas do nosso território...

Por mim, venha de onde vier o pentagrama, é um símbolo com o qual me identifico. Acredito que tenha sido um símbolo inspirado (como aliás acredito que o sejam as mandalas) em formas da natureza e que tem um carácter bastante forte de protecção.

Sabia que se desenhar o pentagrama em si mesmo, de forma a "cobrir-se" com ele estará a proteger-se de forma altamente eficaz? Aliás, sabia que esta é uma das formas mais potente de protecção individual? Ah pois é!


Eu confesso que sempre gostei de estrelas (tenham elas cinco, seis, mais ou menos pontas). Quando olho para elas sinto que o Universo olha por mim e que estou acompanhada. À noite, especialmente quando estou fora de Lisboa, em silêncio, sem luzes artificias e longe da influência humana, gosto de olhar para o céu e ter a sensação de ser aconchegada por toda aquela escuridão. Gosto da sensação de me fundir nela...

Talvez por isso e apesar de não ter um pentagrama propriamente dito em casa (daqueles, como manda o figurino - note to myself : Tenho de encontrar um), a verdade é que no centro do meu altar, onde faço as minhas meditações, costumo ter uma estrela do mar, lindíssima que já não sei como é que ali apareceu. A verdade é que apareceu e é mesmo uma estrela de cinco pontas (para mim, um pentagrama, portanto) que, rodeada de cristais, cria uma mandala de meditação muito forte e, a meu ver, lindíssima.


Boas meditações pentagrâmicas!


À 2ª hora de Saturno, num dia de Júpiter

terça-feira, 1 de maio de 2012

O Alentejo, as Maias, Beltane e Walpurgia...

Tive a sorte de ter crescido, repartida, entre o Alentejo e a Cidade.

Habitava perto de Lisboa, onde fazia a minha vida escolar, essencialmente, e, nas férias, aos fins-de-semana, ou seja quando estava "livre", rumava aos doces campos do Alto Alentejo que davam outro sentido à minha vida.

A alegria de chegar, depois de uma viagem longa, de várias horas e avistar aqueles campos enormes, de veludo verde intenso, pontilhados de roxo, amarelo e vermelho faziam o meu dia! Sonhava frequentemente que rebolava por esses campos imensos, enrodilhada nos seus cheiros e sons tão característicos... e era tão bom!

O Alentejo não me deu só essa sensação de pertença de que na cidade nunca usufruí... O Alentejo deu-me, em conjunto com os meus avós, com a família que me esperava sempre que lá chegava, um sentido de Natureza, de Campo, de Tradição que em mais lado nenhum encontrei.

Uma das coisas que ali começaram a fazer parte da minha vida e que mais me marcaram foram as Tradições. As procissões (e a cera das velas derretida na roupa e nos dedos), os cânticos (e a garganta rouca de os cantar ao desafio), o "pão por Deus" (e os olhares enfadados de quem tinha de nos aturar), as Janeiras (e o frio nos joelhos), as bolachas (e os rebuçados... ah os rebuçados do Dr. Bayard), as moedinhas (e os bolsos rotos por onde elas escorregavam), as matracas (e os pesadelos que o seu som nos provocava), o madeiro (e o cabelo a cheirar a fogueira), as flores (e os ramos que fazíamos com elas), o folar (e o ovo que o acompanhava), as fogueiras (e as solas de borracha dos sapatos queimadas), as missas do galo (e a excitação das prendas), as espigas ( misturadas com as papoilas... ah as papoilas)... Uma das tradições que ficou foi a das Maias...

Na altura... era festa, era festa, não havia cá: "Ah, as Maias, porquê?", ou "E de onde é que vêm estas ideias e estas tradições?"... O pessoal vestia-se de branco, capelas de giestas na cabeça, giestas espalhadas pelas portas e pelas janelas, vá de cantar em roda e de pés descalços na terra, com sorte havia a dança das fitas e o famoso mastro, gargalhadas, canções, piquenique e está feito!



Passados mais de 20 anos, vem-me à lembrança (hoje, dia 1 de Maio), que eu celebrei tantas vezes tantas coisas sem saber o que eram.... Hoje sei que esta tradição (como tantas outras) é Pagã, e que remete para as celebrações de início da Primavera, de fertilidade (os Pagãos e fertilidade :) ), do início de um novo ciclo agrícola.

Maio grita VIDA, ALEGRIA, FLORES, PRIMAVERA, FESTA, ABUNDÂNCIA... e claro FERTILIDADE.

Ora, como na vida nada é por acaso, descobrir que quer a festa de Beltane quer Walpurgia se comemoram na noite de 30 de Abril para um de Maio... não espanta nada, certo?

Beltane, ou Beltaine era um festival gaélico de raiz, portanto, céltica que marcava o final do lento e denso Inverno e o início da estação do vibrante Sol. Tais tradições, espalhadas pela Europa, tinham reflexo, entre outras, por exemplo no Germânico (Nórdico) Walpurgia e nas nossas Maias.
Estas celebrações, na sua raiz, pretendem marcar a transição de um estação fria e de introversão para a estação da abertura e da alegria e do Amor. Normalmente todos os festejos ritualizados (ou não) destas comemorações implicavam festas, fogueiras, cultos de feminidade e virilidade, poder sexual, cânticos, uniões, bênçãos, pedidos de fertilidade...

Estes Festivais, como outra coisa não seria de esperar, foram sendo banidos pelos poderes instituídos (quer pela Igreja quer pelo próprio Estado); Em Portugal, houve uma carta régia em 1402 que proibia que se cantassem as Maias (ou as Janeiras, fiquem sabendo), e outras cousas contra a Lei de Deus... Evidente, mas apesar disso, versões mais soft destes festejos foram ficando até aos nossos dias.

Hoje, com os fenómenos Wicca, Neo-Pagãos (essencialmente) revitaliza-se e re-enquadra-se esta tradição. Acendem-se fogueiras, ritualizam-se pedidos de abundância, protecção e Amor, espalham-se as flores de giesta pelas casas, limpam-se os espaços, dança-se em círculos sagrados. Celebra-se, enfim, o sol e a sua entrada definitiva nos nossos dias durante os próximos meses.

Sejas, pois, bem-vindo mês de Maio com todos os teus cheiros, gargalhadas, abundância, tardes doces e noites amenas.
Grata pelo teu retorno, uma vez mais.
Que derrames sobre nós o teu riso farto e eterna boa disposição.
Limpa e abençoa as nossas casa com o teu toque dourado da prosperidade.
Bem-hajas!

À 4ª hora de Marte de um dia de Marte (eh, eh)
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