quinta-feira, 3 de maio de 2012

De Pentagramas

Há muito pouco tempo relembrei-me de que, quando era pequena pequena, aí com os meus 3, 4 anos, trazia ao peito um amuleto de protecção sem saber, no entanto, o seu significado.

Como "lembrança" do meu nascimento, os meus avós ter-me-ão comprado um conjunto de símbolos em ouro para pôr num fio. Esse quick protection quit, constituído por uma figa, um corno e um pentagrama era usado por mim como qualquer coisa que abanava e fazia plim plim... nada mais.

O facto de ter usado durante a meninice esse pentagrama (que ainda existe) ao peito, na altura não me disse nada de particular. Hoje, agradeço e percebo que, mesmo inconscientemente, lhe dei muito uso. Ele cumpriu portanto, apesar da minha ignorância na altura (e possivelmente da de quem mo ofereceu e da de quem mo colocou ao pescoço)  o seu propósito.

Só mais tarde o significado do Pentagrama me interessou. MUITO mais tarde.
Claro que não existe A CERTEZA de onde tenha vindo o Pentagrama, se veio de Oriente, se de Ocidente, da Babilónia ou da Mesopotâmia. Nem interessa.
O pentagrama (ou pentalpha) associa-se às mais variadas tradições místicas/esotéricas: Rosacruz, Maçonaria, Teosofia, Gnose, Paganismo, Cabala, Wicca... and so on.

Há muito pouco tempo até o descobri numa pedra (em princípio tumular) "acidentalmente" encontrada num quintal na zona de Alenquer. Ao que parece ainda nos tempos medievais, e antes de ser conotado com práticas "do demo", o pentagrama encabeçava os túmulos dos que partiam para lhes dar protecção. Esta pedra em particular de que vos falo, não só tem o pentagrama de um lado, como, pasmem-se, tem do outro lado uma cruz templária... Bastante interessante, não? Mais interessante ainda se pensarmos que em princípio datará da época medieval, pouco tempo antes de os templários e todas as práticas pagãs terem sido, de forma tão "elegante" erradicadas do nosso território...

Por mim, venha de onde vier o pentagrama, é um símbolo com o qual me identifico. Acredito que tenha sido um símbolo inspirado (como aliás acredito que o sejam as mandalas) em formas da natureza e que tem um carácter bastante forte de protecção.

Sabia que se desenhar o pentagrama em si mesmo, de forma a "cobrir-se" com ele estará a proteger-se de forma altamente eficaz? Aliás, sabia que esta é uma das formas mais potente de protecção individual? Ah pois é!


Eu confesso que sempre gostei de estrelas (tenham elas cinco, seis, mais ou menos pontas). Quando olho para elas sinto que o Universo olha por mim e que estou acompanhada. À noite, especialmente quando estou fora de Lisboa, em silêncio, sem luzes artificias e longe da influência humana, gosto de olhar para o céu e ter a sensação de ser aconchegada por toda aquela escuridão. Gosto da sensação de me fundir nela...

Talvez por isso e apesar de não ter um pentagrama propriamente dito em casa (daqueles, como manda o figurino - note to myself : Tenho de encontrar um), a verdade é que no centro do meu altar, onde faço as minhas meditações, costumo ter uma estrela do mar, lindíssima que já não sei como é que ali apareceu. A verdade é que apareceu e é mesmo uma estrela de cinco pontas (para mim, um pentagrama, portanto) que, rodeada de cristais, cria uma mandala de meditação muito forte e, a meu ver, lindíssima.


Boas meditações pentagrâmicas!


À 2ª hora de Saturno, num dia de Júpiter

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