Há palavras que deviam ser
banidas dos dicionários do mundo inteiro, banidas de todas as línguas e formas
de expressão. Como se pudesse haver um corrector mundial e gigante que com um
simples delete as fizesse desaparecer.
No nosso dia-a-dia, a maior parte
das vezes (não será antes sempre?!) estruturamos a nossa forma de pensar e,
consequentemente, o nosso discurso seja no trabalho, em casa, no café, de uma
forma muito pouco positiva.
Se atentarmos nas conversas dos
outros (e, para um melhor resultado, nas nossas próprias conversas) notamos que
expressões como: “Vamos andando!”; “Cá, estamos, uns dias melhor outros dias
pior.”; ”É a vida” etc, são MUITO frequentes. Diria mesmo que por vezes as
sinto quase como apanágio de ser Português (mas sobre isso não falaremos
agora).
Destas expressões, a usar
palavras como “difícil”, “desgraça”, “crise” (esta parece que anda em saldos!),
“problema”, “doença”, “impossível”, “drama”, “horror” (estas últimas duas em homenagem
ao mítico Artur Albarran que, curiosamente, veio a sofrer de leucemia...), “mau”, “catástrofe”, “sofrimento”, etc, vai um
pulinho.
Qual é o problema? Se acreditarmos na teoria que defende que, mais do que sermos o
que comemos, somos o que pensamos e dizemos… estamos basicamente…lixados.
Pode ser contestada cientificamente, concedo, mas a teoria
de Emoto que já apresentámos sumariamente a mim, encanta-me. E ele não é o
único a dizê-lo. Há mais.
Por acaso¸ li este post aqui e não podia vir
mais a calhar : No
Ocidente, um psicólogo, farmacêutico e pioneiro de auto-hipnose chamado Emile
Coué usou uma frase, uma única frase, como forma de cura para os seus
pacientes. Ele dizia que não curava os seus pacientes, apenas os ajudava a
curarem-se a si próprios. E instruía-os a repetirem para si próprios, de manhã
e à noite, a frase que se destinava a programar a sua mente subconsciente: “De
dia para dia, e sob todas as formas, estou melhor e melhor e melhor”.
Daqui, relembro que Claudine Brelet-Rueff (a propósito de Alquimia)
nos diz que: O Alquimista concebe a doença como um desequilíbrio vibratório
entre as células do cérebro e as do organismo. (…) A medicina Alquímica
apoia-se no potencial das forças de defesa do organismo; é a medicina da
confiança no homem e nas suas potencialidades de cura; é uma medicina de
sabedoria. Nisso, é herdeira da tradição de Hipócrates, segundo a qual “são as
naturezas que curam a doença. A Físis encontra sozinha o seu caminho”.
Se encararmos a doença como este estado de desequilíbrio e
se aceitarmos o predicado de que o nosso corpo reage às vibrações a que é
exposto (nomeadamente à vibração das palavras) porque continuamos nós a repetir
palavras que não nos fazem bem?!
Porque não tentamos simplesmente contornar essas pequenas
sentenças que, sem notarmos, vão fazendo com que nos vamos sentindo mais
impotentes, mais tristes, deprimidos e, afinal, doentes?
Podemos simplesmente evitá-las, por exemplo:
Difícil = Menos fácil; Problema = Situação em vias de resolução; Doença = Estado em vias de recuperação; Mau = Menos bom; etc, etc, etc.
É verdade que basta ligar a televisão ou abrir um jornal
para que este tipo de vocábulos se estampem no nosso (in)consciente como acórdãos
de um tribunal superior que não se podem contestar e a que temos de nos submeter; mas podemos sempre não
aceitar. Podemos sempre defender-nos.
Comecemos hoje, por exemplo. Desligamos o telemóvel, a televisão
e fechamos os jornais. Sentamo-nos confortavelmente ... fechamos os olhos.
E
simplesmente tentamos rodear-nos de palavras e pensamentos positivos. Depois, todos os dias tentamos estar atentos às palavras que dizemos. Tentamos contornar os "maus", "horríveis", e os "problemas" para os tornar "menos bons", "menos bonitos" e "situações em vias de recuperação".
Porque não experimentar? Não deixemos para amanhã o que
podemos curar hoje!
Num dia de Mercúrio à 2ª hora da Lua.