sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Oh mãe.... O que é meditação?

Quando o meu filho crescer e se algum dia tiver a curiosidade de me fazer esta pergunta, não sei bem o que lhe responder...
Talvez comece por dizer que a meditação não é uma coisa que se faz, mas um exercício diário de aperfeiçoamento, de limpeza... É, no fundo, como lavar os dentes... Quanto mais vezes se praticar melhor!!

Como as respostas são inúmeras, e as possibilidades também, vou citar quem sabe da matéria, mais do que eu, para ajudar.


“Meditation is not a means to an end; there is no end, no arrival; it is a movement in time and out of time.  Every system, method, binds thought to time, but choiceless awareness of every thought and feeling, understanding of their motives, their mechanism, allowing them to blossom, is the beginning of meditation.
When thought and feeling flourish and die, meditation is the movement beyond time.  In this movement there is ecstasy; in complete emptiness there is love, and with love there is destruction and creation.”

 J. Krishnamurti


Num dia de Lua à 2ª hora de Júpiter

Om, sempre OOOOooooommmmmmmmmmm




 




“Sentado no chão ou sobre uma esteira feita de erva «darbha», confortável e sem defeitos,
Mentalmente protegido (contra as más influencias), […] assumindo correctamente a postura de lótus ou a postura perfeita, face ao Norte e tapando uma narina com o dedo, ele deverá, ao inspirar o ar, manter o fôlego (no triângulo formado pelo plexos e o Centro de Base) e pensar unicamente no som OM”.
(Amrita-Nada-Upanixad)


À primeira hora da Lua num dia de Lua

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

De Chakras

É duro reconhecer, mas o carro quando vem é mesmo para acelerar o que estava mais ou menos "em banho maria".

Se é para fazer, faz-se(!), se é para não fazer, então não se faz! A energia do carro é tremenda e, à sua forma, também limpa o que não faz falta!

O capacete continua a proteger-nos, GRAÇASADEUS, porque as pancadas têm sido intensas, mas hoje não falamos mais do carro, mas sim de rodas (numa relação interessante, porque, agora que penso na coisa, o carro tem duas rodas...).

Há uns tempos que tenho querido, em cada post, falar das "harmonias" em que me movo: música, feng-shui, xamanismo, yoga, tarot, astrologia, etc, etc, etc.

Com o tempo lá irei, contudo, até cobrir todas as matérias que previamente referi e que ficaram por referir, há um assunto que me interessa tremendamente: Os Chakras. A sua energia. A sua simbologia. O seu significado... O que quer dizer a palavra, de onde vem, porque é que está tão disseminado o seu sentido "esotérico", sem que se saiba no entanto exactamente o que quer dizer?



Com o tempo, fui percebendo que muitas "esoterices" têm base no Yoga. No que está antes do Yoga, nos Vedas e nos Upanishads. Depois, descobri, que muitas delas mastigam, refinam, popularizam os conceitos que vêm de trás, põem-lhes um manto novo e é uma nova "ciência", uma nova "terapia" que surge.

A mim, interessa-me o que está na origem. Não que este trabalho de simplificação não seja válido, e até muito útil, mas importa ir às raízes dos conceitos, das palavras e perceber, afinal, se é Chakra, o que quer isso dizer? Yoga? De onde vem a palavra? Tarot? Como e onde começou?

Nem sempre se encontram as respostas, há muitas incógnitas, mas acredito que ao longo do caminho cada um de nós descubra novas verdades e desmascare falsos profetas.

Apesar de não concordar com tudo o que está dito, e especialmente da forma como é dito, de tudo o que vi, esta é a melhor aproximação do conceito original para o que falamos hoje, aqui.

Basta seguir os links, e vemos um vídeo de 30 minutos que numa linguagem simples mas honesta tenta "desmistificar" o palavrão C-H-A-K-R-A.

Boas reflexões!

Chakras 1
Chakras 2
Chakras 3

À 2ª hora de Saturno num dia de Júpiter

domingo, 25 de agosto de 2013

Carta da semana

Ah aaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!

Senhores passageiros, façam o favor de apertar os cintos de segurança que esta semana vamos andar a mil à hora :D

Depois de, mais do que compreendidas, entranhadas as duas semanas de Julgamento, passamos para o Carrooooooooooooo, Arcano VII.

Se o Julgamento foi tão agitado, o Carro só promete mais movimento, tempestades de areia e afins.

Agitação, meus senhores, é, no mínimo, o que se espera para os próximos sete dias...

É verdade que, para estes dias, existe uma viagem (física) planeada, mas temo bem ( pois estas coisas do tarot nunca têm SÓ um significado) que o Caminho me esteja a pôr o pé no acelerador da Grande Viagem...

Em termos teóricos, o Carro, carta final  do primeiro septenário na Jornada do nosso Herói (e em breve dela aqui falarei) está, em primeiro lugar, relacionada com a letra Zayin do alfabeto hebraico, e com o caminho entre as sephirot Chod - 8ª (fama; a esfera de Mercúrio) e Tiferet - 6ª (beleza; a esfera do Sol).

Sete... o número sete (só por si dava conteúdo para um blog!!) está relacionado com o ritmo da vida, a criação, os ciclos da natureza, resultando da adição entre a ideia e matéria (3+4).

A simbologia do sete é impressionante.... pensemos nos sete dias da semana, sete dias da Criação, sete chacras, sete cores do arco-íris, sete notas musicais, sete colinas de Roma, sete sacramentos católicos, sete braços do Chanuk, sete mares, sete pecados mortais, sete pragas, sete anões (?!?!?!)... E por aí fora... Será "coincidência"? Dificilmente!

O Carro, dizia eu, fala-nos de Vitória (que outra coisa resultaria do Caminho entre as esferas da Beleza e a da Fama?), do Ego que se (des)constrói para vencer! Esta é a figura que representa o herói que superou as "dificuldades" do Caminho e triunfa perante a sociedade. Esta vitória vem, não só do auto-controle, mas também do resultado de aplicação de uma forte disciplina em função de um objectivo.
 Remeteria aqui  para as noções de auto controle, de dedicação e tenacidade a que Patanjali se refere quando descreve o yogi que queira vencer o seu karma pela prática de Yoga. Nos seus aforismos, conhecidos por Yoga-Sutras, Patanjali descreve quais os obstáculos que se apresentam no Caminho e quais as qualidades necessárias ao nosso herói, a.k.a., yogi para que o faça com sucesso.

Muito curiosamente, a imagem mais associada ao Yoga é, precisamente, a de um carro de cavalos selvagens ( os sentidos) que é preciso amestrar, a fim de lhes permitir dar o melhor deles próprios na corrida em que o cocheiro (mente) os guia. Tal visão implica, necessariamente, uma visão dual da constituição do homem: o cocheiro – mente - e os cavalos - corpo, e, a ideia de que as forças vitais são, por natureza, indisciplinadas e selvagens. Daí ser necessário um método para as amestrar, contrariando a inquietude inata do homem. 

Para mim, esse método tanto pode ser o Yoga como o Tarot.

Qualquer semelhança com a realidade NÃO é pura coincidência. :)

Bom, e com tanta força e energia no ar, deixem-me só ir buscar o capacete, não vá a aceleração provocar danos cerebrais :D

Num dia de Sol à última hora de Marte (só podia, certo?!)
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