quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Das palavras (que deviam ser) proibidas

Há palavras que deviam ser banidas dos dicionários do mundo inteiro, banidas de todas as línguas e formas de expressão. Como se pudesse haver um corrector mundial e gigante que com um simples delete as fizesse desaparecer.

No nosso dia-a-dia, a maior parte das vezes (não será antes sempre?!) estruturamos a nossa forma de pensar e, consequentemente, o nosso discurso seja no trabalho, em casa, no café, de uma forma muito pouco positiva.
Se atentarmos nas conversas dos outros (e, para um melhor resultado, nas nossas próprias conversas) notamos que expressões como: “Vamos andando!”; “Cá, estamos, uns dias melhor outros dias pior.”; ”É a vida” etc, são MUITO frequentes. Diria mesmo que por vezes as sinto quase como apanágio de ser Português (mas sobre isso não falaremos agora).

Destas expressões, a usar palavras como “difícil”, “desgraça”, “crise” (esta parece que anda em saldos!), “problema”, “doença”, “impossível”, “drama”, “horror” (estas últimas duas em homenagem ao mítico Artur Albarran que, curiosamente, veio a sofrer de leucemia...), “mau”, “catástrofe”, “sofrimento”, etc, vai um pulinho.
Qual é o problema? Se acreditarmos na teoria que defende que, mais do que sermos o que comemos, somos o que pensamos e dizemos… estamos basicamente…lixados.

Pode ser contestada cientificamente, concedo, mas a teoria de Emoto que já apresentámos sumariamente a mim, encanta-me. E ele não é o único a dizê-lo. Há mais.
Por acaso¸ li este post aqui e não podia vir mais a calhar : No Ocidente, um psicólogo, farmacêutico e pioneiro de auto-hipnose chamado Emile Coué usou uma frase, uma única frase, como forma de cura para os seus pacientes. Ele dizia que não curava os seus pacientes, apenas os ajudava a curarem-se a si próprios. E instruía-os a repetirem para si próprios, de manhã e à noite, a frase que se destinava a programar a sua mente subconsciente: “De dia para dia, e sob todas as formas, estou melhor e melhor e melhor”.
   
Daqui, relembro que Claudine Brelet-Rueff (a propósito de Alquimia) nos diz que: O Alquimista concebe a doença como um desequilíbrio vibratório entre as células do cérebro e as do organismo. (…) A medicina Alquímica apoia-se no potencial das forças de defesa do organismo; é a medicina da confiança no homem e nas suas potencialidades de cura; é uma medicina de sabedoria. Nisso, é herdeira da tradição de Hipócrates, segundo a qual “são as naturezas que curam a doença. A Físis encontra sozinha o seu caminho”.

Se encararmos a doença como este estado de desequilíbrio e se aceitarmos o predicado de que o nosso corpo reage às vibrações a que é exposto (nomeadamente à vibração das palavras) porque continuamos nós a repetir palavras que não nos fazem bem?!
Porque não tentamos  simplesmente contornar essas pequenas sentenças que, sem notarmos, vão fazendo com que nos vamos sentindo mais impotentes, mais tristes, deprimidos e, afinal, doentes?
Podemos simplesmente evitá-las, por exemplo:

Difícil = Menos fácil; Problema = Situação em vias de resolução; Doença = Estado em vias de recuperação; Mau = Menos bom; etc, etc, etc.

É verdade que basta ligar a televisão ou abrir um jornal para que este tipo de vocábulos se estampem no nosso (in)consciente como acórdãos de um tribunal superior que não se podem contestar e a que temos de nos submeter; mas podemos sempre não aceitar. Podemos sempre defender-nos.

Comecemos hoje, por exemplo. Desligamos o telemóvel, a televisão e fechamos os jornais. Sentamo-nos confortavelmente ...  fechamos os olhos. 
E simplesmente tentamos rodear-nos de palavras e pensamentos positivos. Depois, todos os dias tentamos estar atentos às palavras que dizemos. Tentamos contornar os "maus", "horríveis", e os "problemas" para os tornar "menos bons", "menos bonitos" e "situações em vias de recuperação".

Porque não experimentar? Não deixemos para amanhã o que podemos curar hoje!

Num dia de Mercúrio à 2ª hora da Lua.

2 comentários:

  1. Bem dito! Só é pena a maioria das pessoas não conseguir acreditar nestas palavras, porque não basta dizer e por dentro ficar a pensar "que disparate...", ou como diz o meu pai "bem não faz, mas mal também não há de fazer"...
    É preciso no nosso íntimo acreditar e sentir o lado positivo das coisas!
    Obrigada!

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    1. Completamente de acordo, Rheyna Hazzel =)
      Muito grata pela visita e pelo comentário.
      :)

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